OS CELTAS E A PRIMAVERA

 

A concepção de tempo dos pagãos (O termo pagão significa: povo dos bosques),  principalmente a dos Celtas era um tanto quanto diferente da atual. O tempo era  para eles, não linear, mas circular, cíclico; há também o calendário, que era para  eles lunar, enquanto que o nosso é um calendário solar.Originários da tradição celta, os sabbaths ocorrem oito vezes ao ano, ou seja, duas  vezes a cada estação. Nessas ocasiões, são homenageadas duas divindades: a  Grande Mãe, ou simplesmente a “Deusa”, que simboliza a própria terra, e o Deus  Cornífero, O Gamo Rei, protetor dos animais, dos rebanhos e da vida selvagem. Quando os raios do sol diminuem sua intensidade ao cair da tarde é o momento de  nos prepararmos para mais um dia. O povo Celta, assim como outros povos de  origem pagã, celebram o começo dos dias através do anoitecer. Cada anoitecer nos faz lembrar que a Deusa, com sua magia e seus mistérios,  reinará através da Lua, das emoções, e das intuições, mostrando-nos que enquanto  os homens se acalmam e repousam depois de um dia intenso de trabalho, os  sacerdotes e sacerdotisas começam o semear de um novo dia. O Deus, que também descansa durante a escuridão, se prepara para um novo  nascer, para um novo brilhar, para um novo amanhecer. Esse acordar e dormir, descansar e trabalhar, morrer e nascer fazem do dia e da  noite momentos muito preciosos e de intensa comunhão entre o masculino e  feminino. É preciso que as duas polaridades estejam em perfeita sintonia para que  a Natureza possa se manter equilibrada. (…). Como podemos ver existem quatro momentos do dia (24h) que são pontos vitais, e  há quatro pontos secundários que são pontos de equilíbrio. No processo de imagem refletida para imagem projetada, temos no ano (365 dias) quatro momentos vitais: o primeiro dia do ano e o primeiro dia do quarto, sétimo e décimo meses – dias que  caem na divisão exata do ano em quatro partes iguais, em quatro elementos.  Temos, também, quatro momentos secundários: a entrada de cada uma das quatro  estações, delimitadas pelos solstícios e equinócios. Assim nossa roda do ano esta  formada e em eterna harmonia com o universo.

Assim, em breve teremos o Equinócio de Primavera – Ostara – Festa da Fertilidade – (21 de Março – Hemisfério Norte) e (21 de Setembro – Hemisfério Sul): Pela primeira vez no ano o dia e a noite se fazem iguais. É, portanto, uma data de  equilíbrio e reflexão. Os dias escuros se vão, e a terra está pronta para ser  plantada. É quando os Deus e Deusa se apaixonam, e deixam de ser mãe e filho.  Nessa data, a semente da vida é semeada no ventre da Deusa, a Donzela  revigorada e cheia de vida e alegria. O Deus é devidamente armado para sair em sua viagem no mudo das trevas e  reconquistá-lo, para que posteriormente a luz volte a reinar. Ostara é o Festival em homenagem à Deusa Oster, senhora da Fertilidade, cujo símbolo é o coelho. Foi desse antigo festival que teve origem a Páscoa.

Escrito por

Psicoterapeuta Junguiana pós-graduada pela FACIS e IJEP e Expertisse em Terapia Floral de Bach.

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