Sagrado Masculino e Sagrado Feminino
A Deusa foi a primeira divindade cultuada pelo homem pré-histórico. As suas inúmeras imagens encontradas em vários sítios históricos e arqueológicos do mundo inteiro, representavam a fertilidade , da mulher e da Terra.
Por ser a mulher a doadora da vida atribuiu-se à Fonte Criadora Universal a condição feminina e a Mãe Terra tornou-se o primeiro contato da raça humana com o divino.
Desde a década de 60, a tomada de Consciência da Terra como valor mais alto a preservar sob pena de não mais haver espécie humana fez decolar a importância da ecologia e o renascimento dos valores ligados à Deusa: a paz, a convivência na diversidade, a cultura, as artes, o respeito a outras formas de vida no planeta.
A Deusa é a Terra que pisamos, nossos irmãos são os animais e plantas, a água que bebemos, o ar que respiramos, o fogo do centro dos vulcões, os rios, as cores do arco-íris, o nosso corpo. Isto não significa substituir o Deus masculino ou rejeitá-lo: há um Masculino e um Feminino Divino acessíveis dentro de cada um de nós.
Esta energia, quando ligada plenamente na vida de alguém, cria a totalidade e o equilíbrio: o cérebro lógico esquerdo e o cérebro direito intuitivo, unindo-se no coração permite que esse seja tocado de um novo modo, tomado pela consciência da presença do sagrado feminino e aceitando e honrando a intuição , substituindo a força pela compreensão num movimento que abre mentes e deixa o coração falar e trazer um comportamento mais amoroso para o equilíbrio nas relações com o outro e com o Todo. Ambos, Deus e Deusa são as expressões da polaridade que permitiram que o UNO se manifestasse no universo. São os dois lados de uma mesma moeda. Honrar a Deusa e o Deus ainda é crer em um Ser Supremo que, ao se bipartir, criou o princípio Masculino e o princípio Feminino, o Yin e o Yang, o Homem e a Mulher.
P.S.: Inspirado num texto do site jornada tântrica.